terça-feira, 4 de outubro de 2011

Frente a Frente com Norma Sit I

Xuxucas,


            a entrevista de hoje é diferente. Não é com nenhum dos meus amigos nem foi feita exclusiva para o Bolsa Carteira. Mas, quando eu a li, achei muito interessante e não poderia deixar de compartilhar com vocês. 


            Meninas, dividi em duas partes esse bate-papo para não ficar um post gigantesco. 






           Nome: Norma Sit 
           Formação: Engenharia na Austrália e Pós-graduação em Administração Pública em Harvard
           O que faz: Empresária e Conselheira de negócios da Mint Wireless, uma empresa de pagamentos via celular (lembra do post que eu fiz sobre compras via celular? Clique aqui para ver). Além disso, fez parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Cingapura. 
           Para completar esse currículo de ouro, a Norma integra o Fórum Internacional de Liderança Feminina. 


           Um pouco da sua história...
           Ela veio de uma família humilde e desde cedo aprendeu a valorizar o dinheiro. Em um país, em que, até dois anos atrás, as mulheres ganhavam praticamente a metade do salário dos homens para uma mesma função, a luta pela independência financeira foi ainda mais difícil.
           Focada em seus objetivos financeiros, Norma conquistou cargos importantes - chegou a presidir uma empresa de tecnologia - e, agora, quer dividir seu conhecimento com o público feminino. 
           Além de tudo isso, é membro do Fórum Internacional da Liderança Feminina, escreveu um livro sobre sua experiência Gorgeous, Sexy, Rich and Strong. 
           Norma diz que as mulheres até sabem o que fazer com o dinheiro, mas têm dificuldade de agir em seu próprio interesse. 


        ÉPOCA – A senhora afirma que entender de finanças é mais importante para as mulheres do que para os homens. Por quê?
        Norma Sit – As estatísticas nos Estados Unidos mostram que mais de 75% das mulheres tendem a ficar viúvas até os 56 anos, e 90% de todas as mulheres – seja por divórcio, viuvez ou por nunca terem se casado – serão as únicas responsáveis por seu sustento em algum ponto da vida.
          Uma em quatro mulheres vai à falência dois meses depois da morte do parceiro, e 87% dos idosos em situação de indigência são mulheres. No divórcio, as mulheres perdem 27% em seu padrão de vida, e os homens ganham 10%. Para ficar sempre bem, as mulheres têm de cuidar de si mesmas.
         ÉPOCA – Por que, em geral, as mulheres têm menos intimidade com as finanças? 
         Norma – As mulheres, historicamente, coletavam – compravam – coisas e distribuíam para os membros da família. Fazia parte de seu instinto cuidar dos outros, às vezes em detrimento de si mesmas. Mas esse deixou de ser um modelo correto, já que a mulher precisa ser independente. É comum elas terem informação – seu ponto fraco é conseguir agir em seu próprio interesse financeiro.


         
ÉPOCA
 – Um estudo recente mostrou que meninas de 6 anos já acham que matemática não é para elas. As mulheres precisam superar uma aversão aos números?
          Norma – As pesquisas mostram que meninas, crianças ou adolescentes, tendem a ter um desempenho pior em matemática quando estão em classes mistas. 
             Quando estudam só com garotas, parecem ir melhor. Isso sugere que, socialmente, somos levadas a acreditar que não podemos ser tão boas quanto os meninos com números. Por isso, se tiver uma filha, tente colocá-la numa escola só para meninas. 

           ÉPOCA – A senhora concorda com a crença de que os homens se realizam buscando dinheiro e as mulheres amor?
           
Norma – Embora eu não tenha visto nenhum estudo que diga isso, é provável que mais homens estejam percebendo que o amor é importante e mais mulheres vendo que o dinheiro é importante. 
               Mas ainda hoje há mulheres jovens, ambiciosas, em posições de liderança, que tendem a colocar o casamento e o amor muito alto na lista de prioridades. 
               Ter metas financeiras pessoais e lutar para atingi-las deveria ser tão importante quanto manter um relacionamento. Sem dinheiro, as relações ficam tensas e correm risco. Sem dinheiro, nossos filhos têm vida difícil.

 

            ÉPOCA – Quais são os erros mais comuns das mulheres nas finanças?            
            Norma – Um erro óbvio que as mulheres cometem é comprar joias e achar que estão fazendo investimento. E claramente não estão. Mas elas também acertam: as mulheres são mais cuidadosas e pesquisam mais antes de investir. Como resultado, nossos investimentos costumam ser melhores do que os dos homens. Também tendemos a agir menos no reflexo, o que nos ajuda a manter nossos portfólios por mais tempo.

          
           Não preciso dizer mais nada né? Faço das palavras da Norma as minhas! Aguardem o próximo post, pois vale a pena. 

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