terça-feira, 20 de setembro de 2011

Frente a Frente com Mariana Curi

Xuxucas,


            hoje a entrevista é com uma amiga dos tempos de colégio que eu adorooo. Sempre bem vestida e com bom humor, a Mari encanta qualquer um.


            Nome: Mariana Curi
            Idade: 22 anos
            Formação:  Administração de Empresas pela FAAP
            O que faz?: Trabalha na área de Risco de Crédito do Banco de Tokyo Mitsubishi




     
            1.     O que é Risco de Crédito e o que essa área faz?
            MC: Risco de crédito é basicamente a probabilidade de um tomador cumprir ou não seu compromisso de pagar uma dívida, tomador esse seja pessoa jurídica ou física. A função da área de risco de crédito é analisar esse potencial de retorno do tomador do crédito, bem como os riscos inerentes a concessão de um empréstimo. O que fazemos é o seguinte: começamos pelo balanço patrimonial da empresa, seu índices financeiros e em seguida analisamos os riscos que essa empresa pode ter para a instituição financeira.


            2.     A maioria dos limites de crédito são baseados no Capex e no EBITDA da empresa. O que é CAPEX e EBITDA e por que eles são tão importantes Mari?
            MC: CAPEX, que é a sigla em inglês para Capital Expenditure, equivalente em português a despesas de capital ou investimentos em bem de capital, consiste em todos os investimentos em imobilizado realizados pela empresa em certo período.
            O CAPEX é importante porque são esses investimentos que garantem a continuação do funcionamento da empresa.
            Já o EBITDA, sigla que em inglês significa Earnings Before Taxes, Depreciartion and Amortization (lucros antes de impostos, depreciação e amortização), já como o próprio nome diz, é o lucro menos os custos e despesas operacionais, excluindo a depreciação, amortização e os juros.
            Essa medida é importante porque nos mostra o lucro que o próprio negócio gera, ou seja, o lucro operacional, retirando ganhos ou despesas financeiras ou qualquer outro ganho ou perda não operacional.
            Mas na hora de analizarmos uma empresa, o que eu considero o mais importante a ser observado é a geração de caixa da empresa, ou seja, a capacidade dela de gerar um aumento no seu caixa, com sua própria operação, tendo assim condição de honrar com seus compromissos financeiros.




            3.     O que são agências de rating? E o que é rating de crédito?
            MC: Agências de rating dão notas de crédito a empresas e até a países. A agência avalia e dá notas a alguma instituição, expressando o risco que a mesma representa, e avalia a sua capacidade de honrar com suas dívidas.
            Entre as agências mais importantes mundialmente estão a Moodys, Standard&Poor`s e Fitch Ratings.
            Essa nota dada a uma empresa ou país é o que chamamos de rating de crédito. Dentro dos bancos, também atribuimos ratings para as empresas, baseado em um cálculo estipulado pelo próprio banco, que através desse rating, conseguimos avaliar o risco que essa empresa representa para o banco, risco tal como disse anteriormente de não pagar sua divida.

            4.Você acha que o rebaixamento do rating dos Estados Unidos baixaram a liquidez dos títulos do governo americano?
            MC: Vivi, sinceramente acredito que não. Os títulos americanos não deixaram de ser o melhor do mundo e o rebaixamento do rating dos Estados Unidos não implica em melhorar ou piorar o seu papel, o que não baixa a liquidez dos títulos do governo americano.
            Isso também acontece porque não há nenhum outro título no mundo que possa ‘concorrer’ com o americano. O grande problema agora, é que estamos vivendo um momento de instabilidade econômica global, em que as grandes potências mundiais estão tendo dificuldades, mas mesmo assim os EUA não deixam de ter ainda uma economia sólida e mesmo reibaxado, seu rating ainda é muito bom.




             5.Trabalhar no mercado financeiro não é para qualquer pessoa, muito menos para qualquer mulher. Como é trabalhar em um ambiente masculino e equilibrar a vida pessoal com a profissional?
             MC: Fácil não é. Realmente é uma vida corrida, em que temos que conseguir um tempo na agenda para nos cuidarmos e encontrar os amigos. Durante a semana eu procuro tentar ir à academia pelo menos três vezes por semana, mas confesso que é preciso muita força de vontade.
Já em relação a sair durante a semana, sempre tenho happy hours e jantares com amigas que acabam nos distraindo.Mas é no fim de semana mesmo que descanço e vejo amigos.
             Quanto ao ambiente masculino, onde trabalho é bem misturado, e ainda bem, nós mulheres estamos conquistando nosso espaçoo e reconhecimento no mercado financeiro. Isso é o que acontece na minha área, em que trabalham muitas mulheres, mas vejo que em algumas áreas do mercado financeiro, ainda há alguma resistência as mulheres, sim.


        

2 comentários:

  1. Vivi!! Amei muito!! Obrigada pela oportunidade de estar no seu blog que eu adoro!! Beijos Mari

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  2. Parabéns pela entrevista meninas! Espero ter apreendido algumas coisas, já que para mim vcs estão falando grego hahaha. Adorei! Beijos Ana Lu

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